sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Realidade


Planos, sei lá o que são planos,
Podem durar dias, meses, anos.
Talvez durem frações de segundo,
Então, voltamos a realidade do mundo.

Planos, as vezes sem programação,
Viajamos no sentimento, com o coração,
Sabe lá o que é viver de amor?,
Amar sem tocar é sentir dor.

Quem sabe o sentido do destino?
Temos tudo e o nada é o desatino.
Poeta! ó ilustre desconhecido.

Alma perdida na desilusão,
Coração em sofreguidão,
Rumo a um amor esquecido.

Márcio C. Pacheco

sábado, 11 de julho de 2009

Jahminha


Não tem como explicar,
Fui feito para você,
Nasci para te amar.
Jah, você é meu viver.

Não tente endender,
existem coisas sem explicação,
Algumas somem ao amanhecer,
Outras jamais desaparecerão.

O que sinto é verdadeiro,
Nem sei como surgiu,
Num dia de inverno sorrateiro
Você em minha alma emergiu.

Como traduzir o que estou sentindo?
Não tenho palavras para descrever,
Sinto tua alma me possuindo,
Numa mistura de êxtase e prazer.

Nascida as margens do mediterrâneo,
Descendente dos fenícios,
Por você me torno contemporâneo,
E faço qualquer sacríficio.

A dança chega quando nasce,
O amor fiel e sempre sincero,
Um dia dançará "dabke",
Sabendo que sou teu e te espero.

Libanesa do olhar penetrante,
Espanhola do corpo em chamas,
É mulher fulgás e atraente.
Sou o homem que te ama.


Márcio C. Pacheco

terça-feira, 7 de julho de 2009

Luz ou escuridão?


Envolto na luz negra,
Pairam 17 mil orifícios,
Nem sempre o que alegra,
Nos tras algum benefício.

Vagueando pela estrada
Tenebrosa do Umbral,
Passei por muitas namoradas,
Já passei pelo bem, pelo mal.

Caminhos repletos de ódio,
Vidas repletas de rancor,
Homens mergulhados no ópio,
Mulheres abandonadas e sem amor.

Sinto o sangue pulsar nas veias,
É calor que passa cortante,
Que mata, arranca e encendeia
E dilacera esse peito errante.

Temos talento para ser,
Tudo aquilo que desejamos,
Mas acabamos por esquecer,
Se não corremos, não conquistamos.

Não é a vida que foi ruim,
Não fomos suficientemente bons,
Uns comem farinha com aipim,
Outros Caviar, bebem "Bourbon".

Nós somos o nosso pior inimigo,
Destruimos tudo o que criamos,
As vezes ferimos nossos amigos,
A vezes matamos quem amamos.

Malditos versos que não se calam,
Saem do âmago do meu viver
E muitos que lêem não se abalam,
E continuam dentro de si a enlouquecer.

Versos sem motivo e sem sentido,
Que transpassam a lei da vida.
Qual o motivo de se estar vivo?
Por vivemos com tantas feridas?

Não sou senhor da verdade
Oculta nesse universo paralelo
Nem a mentira e iniquidade,
Que transparece com o sol amarelo.

Quanto mais vivo consigo perceber,
As perguntas nunca se calarão,
Nem mesmo quando eu envelhecer,
Nem quando eu estiver no caixão.

Perguntas sem respostas exatas,
Lutas sem nenhuma razão,
Somos todos homens primatas,
Vivendo entre a luz e a escuridão.



Márcio C. Pacheco

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Domino!

Ela dança sobre rodas,
Cavalga no luar cortante,
É menina doce e amável,
É mulher de olhar penetrante.

Rodando no cavalo de metal,
Ela dança com suas curvas,
Ela conquistar um homem
No escurecer da noite turva.

Na calada noite ela vem,
Com olhos vivos e boca rubra.
Do teu corpo vejo tua alma,
O mal é transformado em bem.

Venha menina, dance
Dance para a serpente do amor,
Deixe ela em um transe alucinante,
Envolva-me com tuas curvas e teu calor.


Márcio C. Pacheco

domingo, 21 de junho de 2009

Onde estará minha metade?


Onde andará você?
Metade perdida de mim.
Envolvida em papel marchê,
Esculpida em marfim.

Amor, sublime e nobre,
Traga ela para perto.
Deime-me ver o que encobre,
Teus olhos negros abertos.

Onde está o amor que procuro?
Estará nessa cidade? nesse país?
Não quero ficar no escuro.
Quero amar e ser feliz.

Amada, oh! doce amada,
Faça do meu corpo tua alma,
Faça de minha alma tua morada.
Mostre-me o amor que me acalma.

Onde estará minha princesa?
Será uma linda jovem?
Será mulher da realeza?
Os amores sempre nos movem!

Quero despir tua alma, teu corpo,
Navegar nos teus seios,
e penetrar-te feito um louco.
Sou o tesão narrado em devaneios!

Onde está meu amor?
Deixe-me tocar teu corpo agora,
Vou sentir teu calor
E o gosto que tua carne aflora.

Nem toda mulher pode ser minha,
Sou como um lobo selvagem,
Que no colo do útero se aninha,
Se chegar perto tenha coragem!


Márcio C. Pacheco

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mulher Aprisionada


Você me faz real,
Assim como o bem e o mal.
Venha comigo minha amada,
Farei dos teus seios minha morada.

Vou te amar por inteira,
Te ver sorrir, falar besteira.
Libertar tua alma desta prisão
Nos olhos teus, o brilho, a libertação.

Venha comigo, venha sem medo,
Vou te contar os meus segredos.
Vou te amar, te beijar e te sentir.
Tua roupa despir para te possuir.

Chegou a hora de falar o que sente,
De se libertar dessa dor, dessa serpente.
Deixe-me entrar no teu jardim,
Teu corpo e tua alma foram feitos para mim.

Serei teu homem, teu amor,
Serei a abelha na tua flor
Serei Eros,você? Psiquê despojada.
Serei teu homem e você minha amada.


Márcio C. Pacheco

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Eu te dedico!

Eu te dedico,
Meu gosto na tua boca,
Eu te dedico o teu gosto
Na minha língua.

Eu te dedico meu corpo
Sobre o teu
Eu te dedico,
Eu te dedico nossos corpos.

Eu te dedico,
Fazer amor no meio da rua,
Eu te dedico fidelidade,
sobre tua carne nua.

Eu te dedico voracidade,
Na selvageria e na loucura.
Eu te dedico o penetrar,
Que a levará as alturas.


Márcio C. Pacheco

Eu te dedico!

Eu te dedico,
Meu gosto na tua boca,
Eu te dedico o teu gosto
Na minha língua.

Eu te dedico meu corpo
Sobre o teu
Eu te dedico,
Eu te dedico nossos corpos.

Eu te dedico,
Fazer amor no meio da rua,
Eu te dedico fidelidade,
sobre tua carne nua.

Eu te dedico voracidade,
Na selvageria e na loucura.
Eu te dedico o penetrar,
Que a levará as alturas.


Márcio C. Pacheco

quarta-feira, 18 de março de 2009

Medo


Medo de sentir sua falta,
Medo de não ter seu sorriso,
Medo de ter você de volta,
Medo do seu jeito impreciso.

Medo do seu ciúme exagerado,
Medo do seu amor me aprisionar,
Medo do seu passado,
Medo de você me abandonar.

Medo de sentir medo,
Quero seu corpo entre meus dedos.
Vou te ter, custe o que custar.

O medo vem do meu desejo,
De querer teu corpo teus beijos.
De te amar até o sol raiar.


Márcio C. Pacheco

quinta-feira, 5 de março de 2009

Me diz: Quem é você?


Não se preucupe querida,
Sempre vou te amar,
Não chore nesta vida,
Onde estiver irei te buscar.

Faça amor comigo,
Cavalgue na luz do luar,
Faça-me sentir vivo,
Não deixe de me amar.

Não se preucupe querida,
Sei que ainda esta ai,
Vamos curar nossas feridas,
Vamos voltar a sorrir.

Venha agora pra mim,
Sem medo, sem proteção,
Venha meu anjo querubim,
Mulher de corpo em erupção.

Não se preucupe querida,
Nada vai te acontecer.
Você é o brilho da minha vida
E eu o rubro entardecer.

Cada dia, hora, minuto,
Faz de mim outra pessoa,
Joga-me nesse mundo absurdo,
Onde na vida a noite ecoa.

Não se preucupe querida,
No meu jardim será eterna,
A mais bela margarida,
A flor que vira fera.

Senhora do meu amor,
Doutora do meu caminho,
Teu sorriso tem sabor,
Teu corpo tem carinho.

Não se preucupe querida,
Também não sei o que aconteceu,
Se não for nessa vida,
Na outra, meu amor não morreu.

Mulher de corpo e alma,
Mãe do tamanho do céu,
Peca por não manter a calma
E faz do medo seu próprio réu.


Márcio C. Pacheco

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ana Paula II


Lábios de mel,
Corpo de sereia,
És o meu céu,
És minha teia.

És minha amada
A pura tentação,
És delicada,
Pura emoção.

És o calor,
Fulgás, absinto.
O puro fervor.
Teu gosto, sinto.

Corpos calientes
Rolando na sala,
Simetria obediente,
Que penetra e não fala.

Bocas se encontrando,
Choque do desejo.
Nós nos amando,
Entrelaçados pelo beijo.

Sua roupa molhada,
Enquanto a chuva cai,
Entre suas coxas torneadas,
Nesse imenso ir e vir.

Nas curvas do teu corpo,
Perco todos meus sentidos.
Sinto-me um louco
Com desejos pervertidos.

No brilho do teu olhar
Vejo o amor inocente,
Do meu vem o penetrar,
de um furor inconsequente.

Da Grécia de Afrodite,
Vem desejo, inspiração.
Quero que acredite!!
Teu ciúme não domina meu coração.


Márcio C. Pacheco

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Amor e rendição


Penso no futuro, mas lembro do passado.
Vivo no presente entre lobos e sereias.
Sou teu, somente teu, eterno apaixonado.
Sou o homem que em tuas curvas passeia.

Nesses olhos que me envolvem,
Me perdi feito um menino,
Sou o homem que quer teu bem,
Sou teu poeta peregrino.

Nesta noite posso ser a luz na escuridão,
Posso ser alma gêmea sem caminho,
Um lobo sem destino, homem sem direção.
Posso ser um poeta sem pergaminho.

Homem sem caneta nem papel,
Que tem no peito uma história,
Nas suas mãos um lindo véu
E no altar vê a sua glória.

Linhas tortas e muito mal escritas,
Talvez numa hora não esperada,
O amor é mais forte que as brigas.
Deixo um recado a mulher amada.


Márcio C. Pacheco

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Entre lobos e cordeiros


Sou aquele que ri,
Quando deve chorar,
Aquele que sofre, querendo amar,
Aquele que morre dentro de si.

Sou o sonho perdido na criança,
Um dia fui feliz e nem sabia,
As vezes chorava, mas logo sorria,
Pois na vida ainda tinha esperança.

A tristeza veio morar em mim,
Veio sem data para sair,
É uma briga que me obriga a coexistir,
Entre as trevas e o sagrado jardim.

No meu jardim as flores morreram,
Os amores foram acorrentados,
Meu presente mora no meu passado,
As dores são as únicas que sobreviveram.

Tristeza, bem no âmago da paixão.
Mentira, disfarçada de amor verdadeiro,
Conheci Cúpido disfarçado de coveiro,
Senti dor que não tem explicação.

Meu coração foi derrotado,
Minha vida foi a piada,
Sobretudo mal contada,
Sou prometeu acorrentado.

Mundo de verdades Irrefutáveis,
De pessoas completamente sem razão,
Que mentem e te chamam de irmão,
Se fazem de cordeiro, são lobos ferozes.


Márcio C. Pacheco

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Devaneio



Nua, tu és o sol, manhã, pensamento,
Nua, tu és o corpo em sublime movimento,
Nua, tu és o mar, areia e as conchas,
Nua, me vejo tomado pela força de suas coxas,
Nua, de pele, de corpo e de coração,
Nua, no meu universo a perfeita constelação,
Nua, minha loba, minha noite, minha lua,
Nua, quero me embriagar com carne tua,
Nua, de pêlo, de gosto, de cheiro
Nua, vou escorregar minhas mãos sobre teus cabelos
Nua, no olhar, na boca e no rosto,
Nua, vou me embriagar com teus beijos, teu gosto.




Márcio C. Pacheco

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A Deusa

A lua encoberta por nuvens,
Transparece a minha escuridão,
Mergulhado no vinho dionísico,
Mergulhado na minha solidão.

A noite me açoita sorrateira,
Sou o rei lagarto das noites errantes,
Sou o amor entregue, destroçado,
Nos braços das ninfas e bacantes.

Onde estará a Deusa divina?
Deusa de todos os amores,
Mulher da carne quente,
Sereia de todos os ardores.

Transpasso seu amado ventre,
Entro em seu corpo, em sua alma.
Penetro no seu sangue
Buscando encontrar minha calma.

Noite de anjos e demônios,
Das orgias e das tentações.
Tenho um amor concebido
Entre Harpias e leões.

Sou a carne que sangra
Em um sussurro de dor,
Penetrada pelo punhal,
Que vem do umbral com furor.

Nessa vida te liberto,
Mas quero que me escute:
Vou te amar por toda vida.
Vou te amar por mais que eu lute.


Márcio C. Pacheco

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eva

Diamante negro, fruto proíbido,
No meu corpo concebido
Em amor, desejo, pecado.
Sou teu, teu escravo.

Escravo do teu gosto,
Dos teus pelôs, do teu rosto
Do teu gosto na minha boca
De te devorar numa vontade louca.

Os teus seios são montanhas,
Que devoram minhas entranhas.
Teus mamilos, meu desejo,
De morde-los com meus beijos.

Tua boca a me engulir,
Teu calor posso sentir,
O teu piercing a me roçar
E voce a me molhar.

Tuas coxas tão polidas
Penetradas e invadidas
Molhadas de prazer.
Quero estar dentro de voce.

Minha Eva, meu altar,
Quero te molhar,
Navegar em tuas curvas,
E te chupar como uma uva.


Márcio C. Pacheco
Este blog tem por objetivo divulgar os escritos do poeta carioca Marcio Campos Pacheco. Todos os poemas publicados aqui são registrados no nome do autor.