sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ana Paula II


Lábios de mel,
Corpo de sereia,
És o meu céu,
És minha teia.

És minha amada
A pura tentação,
És delicada,
Pura emoção.

És o calor,
Fulgás, absinto.
O puro fervor.
Teu gosto, sinto.

Corpos calientes
Rolando na sala,
Simetria obediente,
Que penetra e não fala.

Bocas se encontrando,
Choque do desejo.
Nós nos amando,
Entrelaçados pelo beijo.

Sua roupa molhada,
Enquanto a chuva cai,
Entre suas coxas torneadas,
Nesse imenso ir e vir.

Nas curvas do teu corpo,
Perco todos meus sentidos.
Sinto-me um louco
Com desejos pervertidos.

No brilho do teu olhar
Vejo o amor inocente,
Do meu vem o penetrar,
de um furor inconsequente.

Da Grécia de Afrodite,
Vem desejo, inspiração.
Quero que acredite!!
Teu ciúme não domina meu coração.


Márcio C. Pacheco

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Amor e rendição


Penso no futuro, mas lembro do passado.
Vivo no presente entre lobos e sereias.
Sou teu, somente teu, eterno apaixonado.
Sou o homem que em tuas curvas passeia.

Nesses olhos que me envolvem,
Me perdi feito um menino,
Sou o homem que quer teu bem,
Sou teu poeta peregrino.

Nesta noite posso ser a luz na escuridão,
Posso ser alma gêmea sem caminho,
Um lobo sem destino, homem sem direção.
Posso ser um poeta sem pergaminho.

Homem sem caneta nem papel,
Que tem no peito uma história,
Nas suas mãos um lindo véu
E no altar vê a sua glória.

Linhas tortas e muito mal escritas,
Talvez numa hora não esperada,
O amor é mais forte que as brigas.
Deixo um recado a mulher amada.


Márcio C. Pacheco

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Entre lobos e cordeiros


Sou aquele que ri,
Quando deve chorar,
Aquele que sofre, querendo amar,
Aquele que morre dentro de si.

Sou o sonho perdido na criança,
Um dia fui feliz e nem sabia,
As vezes chorava, mas logo sorria,
Pois na vida ainda tinha esperança.

A tristeza veio morar em mim,
Veio sem data para sair,
É uma briga que me obriga a coexistir,
Entre as trevas e o sagrado jardim.

No meu jardim as flores morreram,
Os amores foram acorrentados,
Meu presente mora no meu passado,
As dores são as únicas que sobreviveram.

Tristeza, bem no âmago da paixão.
Mentira, disfarçada de amor verdadeiro,
Conheci Cúpido disfarçado de coveiro,
Senti dor que não tem explicação.

Meu coração foi derrotado,
Minha vida foi a piada,
Sobretudo mal contada,
Sou prometeu acorrentado.

Mundo de verdades Irrefutáveis,
De pessoas completamente sem razão,
Que mentem e te chamam de irmão,
Se fazem de cordeiro, são lobos ferozes.


Márcio C. Pacheco

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Devaneio



Nua, tu és o sol, manhã, pensamento,
Nua, tu és o corpo em sublime movimento,
Nua, tu és o mar, areia e as conchas,
Nua, me vejo tomado pela força de suas coxas,
Nua, de pele, de corpo e de coração,
Nua, no meu universo a perfeita constelação,
Nua, minha loba, minha noite, minha lua,
Nua, quero me embriagar com carne tua,
Nua, de pêlo, de gosto, de cheiro
Nua, vou escorregar minhas mãos sobre teus cabelos
Nua, no olhar, na boca e no rosto,
Nua, vou me embriagar com teus beijos, teu gosto.




Márcio C. Pacheco