terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Entre lobos e cordeiros


Sou aquele que ri,
Quando deve chorar,
Aquele que sofre, querendo amar,
Aquele que morre dentro de si.

Sou o sonho perdido na criança,
Um dia fui feliz e nem sabia,
As vezes chorava, mas logo sorria,
Pois na vida ainda tinha esperança.

A tristeza veio morar em mim,
Veio sem data para sair,
É uma briga que me obriga a coexistir,
Entre as trevas e o sagrado jardim.

No meu jardim as flores morreram,
Os amores foram acorrentados,
Meu presente mora no meu passado,
As dores são as únicas que sobreviveram.

Tristeza, bem no âmago da paixão.
Mentira, disfarçada de amor verdadeiro,
Conheci Cúpido disfarçado de coveiro,
Senti dor que não tem explicação.

Meu coração foi derrotado,
Minha vida foi a piada,
Sobretudo mal contada,
Sou prometeu acorrentado.

Mundo de verdades Irrefutáveis,
De pessoas completamente sem razão,
Que mentem e te chamam de irmão,
Se fazem de cordeiro, são lobos ferozes.


Márcio C. Pacheco

4 comentários:

  1. EXCELENTE, AMIGÃO.VOCÊ NASCEU PARA ISTO.VOLTAREI SEMPRE.UM ABRAÇÃO CARIOCA!!!

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  2. Cúpido não é coveiro e não é tolo de brincar sem razão; talvez a origem de seus males seja culpa do Destino, que é Cego e nos deixa tontos.

    Shay.

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  3. Não ousaria a desafia o Destino... ele é superior a tudo que conhecemos

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